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Estudo revela que 8% da riqueza mundial está em paraísos fiscais

Ao menos US$ 7,6 trilhões - 8% da riqueza mundial - estão em contas de particulares em paraísos fiscais

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sexta-feira, 7 de junho de 2019

Inflação oficial desacelera e fica em 0,13% em maio, diz IBGE


Trata-se do menor resultado para maio desde 2006 e do índice mensal mais baixo do ano. Em 12 meses, IPCA acumulado recuou para 4,66%, mas segue acima do centro da meta para 2019, que é de 4,25%


O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a inflação oficial do país, ficou em 0,13% em maio, o que representa uma desaceleração ante a taxa de 0,57% de abril, segundo divulgou nesta sexta-feira (7) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Foi o menor resultado para um mês de maio desde 2006 (0,10%). Trata-se também do índice mensal mais baixo do ano até o momento, refletindo principalmente a descompressão dos preços de alimentos e bebidas.

Nos 4 primeiros meses do ano, porém, a inflação acumulada é de 2,22%, a maior taxa para o período desde 2016, quando ficou em 4,05%.

Em 12 meses, o índice acumulado recuou para 4,66%, abaixo dos 4,94% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores. Apesar da desaceleração, a taxa ainda permanece acima da meta central de inflação do governo para 2019, que é de 4,25%.


Alimentos e bebidas freiam inflação


Dos 9 grupos de produtos e serviços pesquisados pelo IBGE, 4 registraram deflação em maio. A principal contribuição para a desaceleração índice geral veio de "Alimentação e bebidas", cujos preços médios caíram -0,56%, após terem subido 0,63% em abril. Só este grupo respondeu por uma impacto de -0,14 ponto percentual (p.p.) na inflação do mês.

Do lado das altas, as maiores pressões vieram dos grupos "Habitação" (0,98%), com impacto de 0,15 p.p. no índice geral, e "Saúde e cuidados pessoais" (0,59%), com impacto de 0,07 ponto percentual.

Já o item que mais pressionou a inflação no mês foi novamente a gasolina (2,60%), com impacto individual de 0,11 p.p. no IPCA de maio.

Veja a inflação de maio por grupos pesquisados e o impacto de cada um no índice geral:
  • Alimentação e Bebidas:-0,56% (-0,14 ponto percentual)
  • Habitação: 0,98% (0,15 p.p.)
  • Artigos de Residência: -0,10% (0 p.p.)
  • Vestuário: 0,34% (0,02)
  • Transportes: 0,07% (0,01 p.p.)
  • Saúde e Cuidados Pessoais: 0,59% (0,07 p.p.)
  • Despesas Pessoais: 0,16% (0,02 p.p.)
  • Educação: -0,04% (0 p.p.)
  • Comunicação: -0,03% (0 p.p.)
No grupo alimentação, os destaques de queda para os preços do tomate (-15,08%), após alta de 28,64% em abril, feijão-carioca (-13,04%) e frutas (-2,87%). Por outro lado, o leite longa vida (2,37%) e a cenoura (15,74%) subiram em maio.
Nos gastos com habitação (0,98%), a alta de maior impacto foi a do item energia elétrica (2,18%).
No grupo dos Transportes, além da alta da gasolina (2,60%), o diesel também subiu (2,16%). Já o preço do etanol caiu (-0,44%). Destaque também para as passagens aéreas (-21,82%), após alta de 5,32% em abril, que representaram o maior impacto individual de baixa no índice geral do mês (-0,10 p.p.).

Inflação por capitais
Na análise por capitais e índices regionais, Rio Branco (0,67%) apresentou a maior inflação em maio. Já os menores índices ficaram com Brasília e com a região metropolitana do Rio de Janeiro, ambas com -0,05%

INPC em maio foi de 0,15%

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), usado como referência para os reajustes salariais, ficou em 0,15% em maio, abaixo dos 0,60% de abril. O acumulado do ano está em 2,44% e o dos últimos doze meses foi para 4,78, contra 5,07% nos 12 meses imediatamente anteriores.






    quarta-feira, 26 de dezembro de 2018

    Vendas de Natal em shoppings crescem 5,5% em 2018


    Alshop estima que, no acumulado no ano, as vendas no segmento registraram um crescimento de 6% sobre 2017, correspondendo a R$ 156,3 bilhões.


    As vendas dos lojistas em shoppings center cresceram 5,5% neste Natal em relação ao mesmo período de 2017, informou nesta quarta-feira (26) a Associação Brasileira de Lojistas de Shopping (Alshop).
    Os dados foram apurados em pesquisa realizada com 400 empresas de varejo associadas à Alshop, que reúnem aproximadamente 30 mil pontos de vendas no país.
    Trata-se do segundo ano seguido de crescimento nas vendas. Em 2017, os shoppings tiveram um aumento de 6%.
    Os produtos mais procurados no Natal neste ano foram, pela ordem: moda masculina e feminina, calçados, perfumes e cosméticos, e brinquedos.
    A Alshop estima que, no acumulado no ano, as vendas no segmento registraram um crescimento de 6%, correspondendo a R$ 156,3 bilhões.
    Desempenho do comércio em 2018
    Evolução das vendas em relação a 2017, por segmento
    88881,61,6-5-555887,57,56666Perfumaria e CosméticosÓculos, bijuterias e acessóriosVestuário Masculino e FemininoCalçadosEletroeletrônicosBrinquedosPetsEletrodomésticosCelulares Smartphones-50510-10
    Fonte: Alshop

    País ganhou 13 shoppings em 2018

    Segundo a associação, em 2018 foram inaugurados 13 shoppings no país. "Em 2017 tínhamos 773 shoppings e em razão dessa reclassificação e da abertura de 13 novos shoppings tradicionais, bem como fechamento de shoppings rotativos, ficamos com 754 centros comerciais", informou a Alshop, em balanço.
    A indústria de shoppings no Brasil fechou o ano com 112 mil lojas, o que representa uma redução de 9,6% ante as 124 mil lojas em operação ao final de 2017.

    Consultas para vendas a prazo crescem 2,66%

    Dados da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) mostram que as consultas para vendas a prazo nos 21 dias anteriores ao Natal (entre 04 e 24 de dezembro) cresceram 2,66% na comparação com o mesmo período de 2017.
    Trata-se também do segundo ano consecutivo de alta e do melhor resultado desde 2004. Nos últimos anos, as vendas a prazo no Natal tiveram o seguinte desempenho: +2,13% (2017), -2,29% (2016), -4,16% (2015), -8,3% (2014), +3,62 (2013) e +3,90% (2012).
    De acordo com um levantamento da CNDL e do SPC Brasil, o gasto médio do brasileiro com o total de presentes de Natal foi estimado em R$ 115,9.

    quarta-feira, 31 de janeiro de 2018

    Simples Nacional: termina nesta quarta-feira o prazo para adesão de empresas


    Termina nesta quarta-feira (31) o prazo para as empresas aderirem ao regime tributário Simples Nacional, também conhecido como Supersimples, que unifica 8 impostos municipais, estaduais e federais em uma só guia com vencimento mensal.
    A solicitação de adesão é feita somente pela página do Simples Nacional


    Em 2018, entram em vigor mudanças no Simples que foram anunciadas em 2016. O limite de faturamento para participar do regime tributário sobe de R$ 3,6 milhões por ano para R$ 4,8 milhões.
    Novas categorias poderão aderir ao Simples, como pequenas fabricantes de bebidas alcoólicas e empresas de áreas como veterinária, psicologia e acupuntura. Outras áreas não poderão mais se cadastrar no regime, como empresas de contabilidade ou personal trainer.

    Empresas com débitos

    Durante o ano de 2017 e início de 2018, segundo a Receita Federal, 468.572 empresas foram excluídas do Simples Nacional por causa de débitos, sendo 380.192 pela Receita, 26.425 pelos estados e 61.955 pelos municípios.
    Essas empresas constarão como “Não optante” no portal do Simples Nacional, mas poderão fazer novo pedido de opção pelo Simples Nacional até a quarta-feira (31). Entretanto, terão que regularizar os débitos, por meio de pagamento ou parcelamento, para que o pedido seja deferido.
    Até o dia 11 de janeiro, foram realizados 132.317 pedidos de opção pelo Simples Nacional. A Receita alerta que as empresas que foram excluídas e pretendem continuar no Simples Nacional devem regularizar os débitos e fazer novo pedido de opção no Portal do Simples Nacional.
    É permitido o cancelamento da solicitação da opção pelo Simples Nacional se o pedido não tiver sido deferido. O cancelamento não é permitido para empresas em início de atividade.

    Vantagens

    Segundo Heber Dionízio, da Contabilizei Contabilidade, além de vantagens como a redução da carga tributária frente ao lucro presumido, as empresas enquadradas no regime têm sua contabilidade simplificada, como a isenção de algumas declarações e facilidade na regularização de eventuais débitos com a Receita.
    Entre as mudanças, está o aumento do teto de faturamento para enquadramento no regime, o que permitirá que um maior número de empresas possa solicitar adesão ao sistema.
    De acordo com o Sebrae, atualmente cerca de 12 milhões de empresas aderem ao Simples.

    Quem pode aderir ao Simples?

    O Simples Nacional somente se aplica às microempresas, empresas de pequeno porte e microempreendedores individuais. Em agosto deste ano, o Comitê Gestor do Simples Nacional regulamentou um aumento do teto anual de faturamento para que as empresas possam se enquadrar nas regras do sistema. Confira os novos valores válidos a partir de 2018:
    • Microempreendedor Individual: até R$ 81 mil;
    • Microempresa: até R$ 900 mil;
    • Empresa de Pequeno Porte: até R$ 4,8 milhões.
    • Todos os estados e municípios têm participação obrigatória no Simples Nacional, mas o teto de faturamento pode variar de acordo com cada região.

    Quem não pode aderir?

    Não podem aderir ao Simples a empresa que, entre outros:
    • tenha outra pessoa jurídica como acionista;
    • participe do capital de outra pessoa jurídica;
    • seja filial, sucursal, agência ou representação, no país, de pessoa jurídica com sede no exterior;
    • tenha um dos acionistas com participação em qualquer outra empresa de fins lucrativos, considerando que a soma da receita bruta dessas empresas ultrapasse R$3,6 milhões;
    • tenha sócio que more no exterior;
    • constituída sob a forma de cooperativas, salvo as de consumo;
    • exerça atividades relacionadas a energia elétrica, importação de combustíveis, automóveis e motocicletas, transporte intermunicipal e interestadual de passageiros, crédito, financiamento, corretagem, câmbio, investimento, cigarros, cigarrilhas, charutos, filtros para cigarros, armas de fogo, munições e pólvoras, explosivos e detonantes, cessão ou locação de mão-de-obra, loteamento e incorporação de imóveis, locação de imóveis próprios;
    • possua débito, ainda exigido, com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), ou com as Fazendas Públicas Federal, Estadual ou Municipal;
    • esteja sem inscrição ou com irregularidade em cadastro fiscal federal, municipal ou estadual, quando exigível.

    terça-feira, 23 de janeiro de 2018

    Inflação oficial ganha força no início de 2018 e fica em 0,39%, indica prévia


    Essa é a segunda menor taxa para um mês de janeiro desde 1994. Em janeiro de 2017, o índice havia chegado a 0,31%.

     

    O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), que é uma prévia da inflação oficial, iniciou 2018 em alta, passando de 0,35% em dezembro de 2017 para 0,39%, em janeiro deste ano.
    De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), essa é a segunda menor taxa para um mês de janeiro desde 1994. Em janeiro de 2017, o índice havia chegado a 0,31%.
    Em 12 meses, o IPCA-15 variou 3,02%, acima dos 2,94% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores.
    Foram os preços dos alimentos e das bebidas que puxaram a alta do IPCA-15 em janeiro. De uma queda de 0,02%, a variação passou para um aumento de 0,76%. Influenciaram os preços de alimentos consumidos em casa (0,97%), tomate (19,58%), batata-inglesa (11,70%), frutas (4,39%) e carnes (1,53%).
    Entre os grupos de despesas que entram no cálculo do IPCA-15, o de transportes apresentou o resultado mais elevado. Apesar de ser o mais alto, o índice registrou desaceleração de dezembro para janeiro, de 1,16% para 0,86%, e não foi a maior influência na prévia da inflação porque tem peso menor do que os alimentos.
    Os preços dos combustíveis subiram 2,54%, com destaque para a gasolina, que ficou, em média, 2,36% mais cara, refletindo, nas bombas, os reajustes autorizados pela Petrobras, nas refinarias, que totalizaram 2,75% no período de coleta do IPCA-15.
    Também subiram os preços de etanol (3,86%) e tarifas dos ônibus urbanos (0,43%) e intermunicipais (0,94%).
    As variações dos outros grupos foram as seguintes:
    • Habitação: de 0,43% para -0,41%
    • Artigos de Residência: de -0,27% para 0,06%
    • Vestuário: de 0,32% para 0,36%
    • Transportes: de 1,16% para 0,86%
    • Saúde e Cuidados Pessoais: de 0,27% para 0,41%
    • Despesas Pessoais: de 0,44% para 0,19%
    • Educação: de 0,03% para 0,28%
    • Comunicação: de -0,26% para 0,08%

    Índices regionais

    O mais elevado partiu das regiões metropolitanas de São Paulo e Curitiba (0,52%) onde se destacaram os preços da gasolina. O menor índice foi o de Belém (-0,06%) sob influência das quedas de 7,54% nas tarifas de energia elétrica e de 9,40% na passagem aérea.

     

    quinta-feira, 28 de dezembro de 2017

    Com influência do Brasil, desemprego na América Latina e Caribe deve subir pelo 3º ano seguido, diz OIT


    Em relatório, a organização prevê que a taxa de desocupação comece a cair em 2018. 

    O desemprego na região da América Latina deve terminar 2017 em alta pelo terceiro ano consecutivo, mas a previsão para 2018 é de queda no índice que mede a desocupação. É o que estima a Organização Internacional do Trabalho (OIT) em relatório divulgado nesta segunda-feira (18), que aponta ainda que a recuperação do Brasil já se reflete no mercado de trabalho.
    Segundo a OIT, a taxa de desocupação na América Latina deve terminar o ano em 8,4%, depois de fechar 2016 em 7,9%. Para 2018, a previsão para o dado é de 8,1%.
    No entanto, os números são fortemente influenciados pelos dados do Brasil, que representa cerca de 40% da população economicamente ativa da região. Por isso, a OIT apresentou os mesmos dados sem incluir o Brasil na conta.
    O resultado é que, sem considerar o Brasil, o desemprego na América Latina deve cair já em 2017, com a taxa de desocupação passando de 6,1% no ano passado para 5,8%.
    Segundo a pesquisa, a taxa de ocupação da região caiu 0,2 ponto percentual no terceiro trimestre, puxada pelo recuo brasileiro de 0,8 ponto percentual no Brasil.
    O Brasil se destaca no relatório da OIT como o maior crescimento da taxa de desocupação no trimestre. No ano passado, 13 dos 19 países da região tiveram aumento no índice no mesmo período, enquanto em 2017 foram apenas 9. Entre eles, o Brasil lidera o ranking de alta do desemprego, com aumento de 1,8 ponto percentual. 
    No Brasil, a pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia Estatística (IBGE) mostra que, no trimestre terminado em outubro, o índice de desempregou ficou em 12,2% - o que mostra queda em relação ao trimestre anterior, mas um aumento na comparação com o ano passado. Além disso, O IBGE também mostra que, de fevereiro a outubro, 74% das vagas de trabalho criadas no país foram informais. 

    Recuperação brasileira

    A OIT aponta que “a recuperação do crescimento econômico no Brasil já está se expressando em alguns desenvolvimentos positivos no mercado de trabalho”.
    “Com um crescimento esperado ainda mais alto em 2018, é muito provável que melhorem os indicadores de desocupação brasileiros e regionais”, diz a OIT, afirmando ainda que essa recuperação deve ajudar a impulsionar o crescimento da região como um todo.
    Segundo a OIT, alguns fatores que “explicam a recuperação da região [...] estão associados ao comportamento das economias do Brasil e da Argentina, que representam um pouco mais de 50% do PIB da região”.
    “Se é certo que em 2016 o Brasil viu agravado seu panorama econômico adverso por uma crise política que, por um lado, paralisou a formulação de políticas econômicas e por outro, prejudicou gravemente a confiança, também é certo que o impacto da dita crise política sobre a economia brasileira se diluiu bastante durante 2017”, comenta a OIT.
    O relatório aponta que a previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) para o Brasil é de 0,7% em 2017 e 1,5% em 2018. Por aqui, o governo estima uma alta maior, de 1,1% neste ano e de 3% em 2018.

    quarta-feira, 25 de outubro de 2017

    Juro deve cair para 7,5% ao ano nesta quarta e baixar rendimento da poupança


    O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central se reúne nesta quarta-feira (25) para definir a taxa básica de juros e a estimativa de analistas do mercado é de que a Selic será reduzida dos atuais 8,25% para 7,5% ao ano.
    Se confirmada essa previsão, será o nono corte consecutivo nos juros básicos da economia, o que levará a taxa ao menor patamar desde abril de 2013, ou seja, em pouco mais de quatro anos.
    Nesse patamar, a taxa também ficaria muito próxima da mínima histórica, de 7,25% ao ano, que vigorou entre outubro de 2012 e abril de 2013.
    A estimativa dos analistas é que o juro continue a recuar nos próximos meses, chegando a 7% ao final deste ano, e permanecendo neste patamar até o final de 2018. 
    A definição da taxa de juros pelo BC tem como foco o cumprimento da meta de inflação, fixada todos os anos pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).
    Para 2017 e para 2018, a meta central de inflação é de 4,5%, com intervalo de tolerância de dois pontos percentuais, de modo que o IPCA pode variar entre 3% e 6% nestes anos sem que a meta seja formalmente descumprida.
    Normalmente, quando a inflação está alta o BC eleva a Selic na expectativa de o encarecimento do crédito freiar o consumo e, com isso, a inflação cair. Essa medida, porém, afeta a economia e gera desemprego.
    Quando as estimativas para a inflação estão em linha com as metas predeterminadas pelo CMN, o BC reduz os juros. É o que está acontecendo neste momento. 
    Após uma longa recessão, a economia dá sinais de reaquecimento, mas os preços ainda seguem comportados por conta, também, de boas safras agrícolas.
    De janeiro a setembro, segundo o IBGE, a inflação oficial, medida pelo IPCA, ficou em 1,78%, bem abaixo dos 5,51% em igual período do ano passado. Foi a menor inflação acumulada até setembro desde 1998.
    Para 2017, o mercado financeiro prevê que a inflação ficará em 3,06%, abaixo da meta de 4,5% fixada pelo CMN para este ano. A meta central de inflação não é atingida no Brasil desde 2009. 

    Rendimento da poupança

    Com o recuo da taxa básica de juros nesta quarta-feira, o rendimento da poupança também deve ficar menor a partir desta quinta (26).
    Isso porque a regra atual, em vigor desde maio de 2012, prevê corte nos rendimentos da poupança quando a Selic ficar abaixo de 8,5%.
    Nessa situação, a correção anual das cadernetas fica limitada a um percentual equivalente a 70% da Selic, mais a Taxa Referencial, calculada pelo BC. A norma vale apenas para depósitos feitos a partir de 4 de maio de 2012.
    Se o juro básico da economia recuar para 7,5% ao ano, a partir desta quinta a correção da poupança passaria a ser de 70% desse valor - o equivalente a 5,25% ao ano, mais Taxa Referencial.
    O rendimento da poupança pode ficar ainda menor caso o Copom promova novos cortes na Selic nos próximos meses - analistas consultados pelo BC estimam que os juros básicos terminem 2017 em 7% ao ano.
    No fim do ano passado, dado mais recente, o país tinha mais de 148 milhões de contas poupança ativas, que concentravam R$ 658 bilhões. Em setembro deste ano, o valor já havia subido para R$ 694 bilhões.

    Por que a regra mudou?

    Desde 1991, a poupança rende, ao menos, 0,5% ao mês (6,17% ao ano), mais a Taxa Referencial, com exceção de um período entre maio de 2012 e julho de 2013, quando os juros básicos da economia também ficaram abaixo de 8,5% ao ano.

    A medida visa evitar que a poupança fique mais atrativa que os demais investimentos, cujos rendimentos caem junto com a Selic. Sem o redutor, a poupança passaria a atrair recursos de grandes poupadores, que deixariam de comprar títulos públicos.
    Se isso acontecesse, um dos prejudicados seria o governo, que teria dificuldades para fazer a chamada "rolagem" da dívida pública, ou seja, a emissão de títulos públicos pelo Tesouro Nacional para pagar os papéis que estão vencendo.


    quinta-feira, 28 de setembro de 2017

    Rombo nas contas do governo em agosto cai 52%, para R$ 9,59 bilhões


    No acumulado de janeiro a agosto, porém, déficit fiscal aumentou para R$ 85,8 bilhões, o pior resultado para o período em 21 anos.

     

    As contas do governo apresentaram um déficit primário de R$ 9,59 bilhões em agosto, informou nesta quinta-feira (28) a Secretaria do Tesouro Nacional. Isso quer dizer que as despesas superaram as receitas neste valor. A conta não considera, porém, os gastos com o pagamento de juros da dívida pública.
    De acordo com dados oficiais, o rombo fiscal foi 52,7% menor que o registrado no mesmo mês do ano passado, quando somou R$ 20,3 bilhões - no que foi o pior resultado para meses de agosto da série histórica, que tem início em 1997.
    A melhora nas contas públicas em agosto acontece em um momento no qual a economia brasileira começa a se recuperar da forte recessão dos últimos anos - com algum reflexo na arrecadação.
    Ao mesmo tempo, o governo tem dificuldades para cortar gastos, pois as despesas obrigatórias consomem cerca de 90% do orçamento. 

    No acumulado dos oito primeiros meses deste ano, porém, as contas do governo apresentaram um déficit primário de R$ 85,8 bilhões, com aumento de 12,9% frente ao mesmo período do ano passado (-R$ 75,99 bilhões).
    O resultado deste ano foi o pior, para este período, desde que os números começaram a ser calculados pelo Tesouro Nacional, há 21 anos atrás.
    O governo lembra que houve uma antecipação, em maio e junho de 2017, do pagamento de precatórios que normalmente aconteceria no fim do ano.
    Sem esse efeito, informou o governo, as contas do governo teriam registrado um rombo menor, de R$ 18,1 bilhões nos oito primeiros meses deste ano.

    Precatórios são dívidas do poder público resultantes de condenação judicial definitiva.
    "Desconsiderando-se a antecipação de precatórios, o resultado acumulado teria sido um déficit de R$ 67,7 bilhões", informou o Tesouro Nacional.
    • As receitas totais recuaram 0,7% em termos reais (após o abatimento da inflação) de janeiro a agosto deste ano, para R$ 883 bilhões.
    • as despesas, cresceram 0,3% na comparação com os oito primeiros meses do ano passado, para R$ 815 bilhões.

    Previdência Social

    Os números oficiais mostram também que o rombo da Previdência Social (sistema público que atende aos trabalhadores do setor privado) avançou de R$ 87,57 bilhões, nos oito primeiros meses de 2016, para R$ 113,27 bilhões no mesmo período deste ano, um aumento de 29,3%.
    Para 2017, a expectativa do governo é de que o INSS registre resultado negativo de R$ 185,7 bilhões.
    O Congresso discute proposta do governo Michel Temer para a reforma da Previdência. De acordo com o governo, o objetivo da medida é frear o crescimento do déficit do INSS.

    Concessões, dividendos e investimentos

    Nos oito primeiros meses deste ano, ainda de acordo com os dados oficiais, as receitas com concessões registraram forte queda, para R$ 4,78 bilhões, contra R$ 20,91 bilhões no mesmo período do ano passado.
    Esse valor, porém, subirá, uma vez que o governo concluiu nesta semana leilões de usinas hidrelétricas em Minas Gerais, arrecadando R$ 12,13 bilhões, além de outros R$ 3,8 bilhões em bônus relativos ao leilão de blocos de petróleo e gás.
    Por outro lado, houve um aumento no recebimento de dividendos, que totalizaram R$ 4,64 bilhões nos oito primeiros meses deste ano, em comparação com R$ 1,27 bilhão no mesmo período de 2016.
    Dividentos são uma remuneração recebida pela participação acionária em empresas. No caso do governo federal, essa remuneração vem das ações detidas pela União em empresas como Petrobras. 

    Os dados oficiais mostram que o governo também diminuiu fortemente o pagamento de investimentos feitos via Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e Minha Casa, Minha Vida: de R$ 24,75 bilhões, entre janeiro e agosto de 2016, para R$ 14,14 bilhões no mesmo período deste ano - uma queda de 42,8%.

    Meta fiscal

    Todos os anos, o governo precisa cumprir uma meta pré-estabelecida para o resultado das contas públicas. Para 2017, ela é de déficit (resultado negativo) de R$ 159 bilhões.
    Esse valor foi recentemente alterado pelo Congresso, após proposta do governo. A meta anterior, que já foi modificada, era mais baixa, de um rombo de até R$ 139 bilhões.
    Com a mudança, o governo ganhou uma folga de R$ 20 bilhões, dos quais serão liberados, para novos gastos, R$ 12,8 bilhões, conforme anúncio feito na semana passada pelo Ministério do Planejamento.
    Antes da mudança da meta, o bloqueio no orçamento, em relação aos valores aprovados pelo Congresso Nacional, era de cerca de R$ 45 bilhões.
    Com o orçamento apertado e os gastos limitados pela regra do teto, que começou a valer neste ano, o governo já reduziu investimentos e sofre para manter alguns serviços.
    Mesmo com a liberação de mais R$ 12,8 bilhões em gastos, cerca de R$ 32,2 bilhões em despesas permanecerão contingenciados.
    Na semana passada, o ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira, avaliou que este ainda é um "nível elevado de contingenciamento". "Os órgãos deverão manter sua política de contenção de despesas", disse ele naquele momento.
    Para tentar atingir a meta fiscal deste ano, o governo já tinha anunciado a elevação da tributação sobre combustíveis e conta também com recursos do novo Refis (cerca de R$ 8,8 bilhões).
    Porém, nesta quarta-feira (27), o Congresso Nacional aprovou regras mais benéficas para este parcelamento de tributos atrasados, que deverá reduzir essa estimativa de arrecadação.


     

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