Tecnologia do Blogger.

Estudo revela que 8% da riqueza mundial está em paraísos fiscais

Ao menos US$ 7,6 trilhões - 8% da riqueza mundial - estão em contas de particulares em paraísos fiscais

A Lenda oriental

Um jovem chegou à beira de um oásis junto a um povoado e aproximando-se de um velho perguntou-lhe:

8 coisas que seu banco não vai lhe dizer

Ao abrir uma conta, pedir um empréstimo ou fazer um investimento por meio do seu banco, nem sempre as condições ficam claras..

Veja 7 filmes que passam lições valiosas para os negócios

"Cada longa-metragem carrega uma mensagem poderosa para a vida pessoa e para a cultura das organizações"

Ativo Intangível: Mensuração e Reconhecimento

Emergem do grupo de contas do ativo, os ativos intangíveis. Tendo como principal característica a sua imaterialidade...

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2017

Prévia' do PIB do Banco Central aponta que economia encolheu 4,3% em 2016


Se confirmado resultado, esse será o segundo ano seguido de retração da economia brasileira, que atravessa período de recessão.

O Índice de Atividade Econômica (IBC-Br), divulgado pelo Banco Central nesta quinta-feira (16) e que é considerado uma "prévia" do resultado do Produto Interno Bruto (PIB), aponta que a economia brasileira encolheu 4,34% em 2016.
Foi o segundo ano seguido de retração da atividade econômica e, se confirmada, a queda do PIB em 2016 será a maior desde 1990, quando atingiu -4,35%. O resultado oficial do PIB só será divulgado em 7 de março pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O índice de 4,34% do IBC-Br é resultado da comparação entre os anos de 2016 e 2015 sem ajuste sazonal, pois considera períodos iguais (ano contra ano). Essa comparação é avaliada como mais apropriada por economistas. Com ajuste sazonal, o recuo do PIB no ano passado, apurado pelo BC, foi de 4,55%.

O que é o PIB

O PIB é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país e serve para medir a evolução da economia. O resultado negativo do ano passado é reflexo da crise econômica, do aumento do desemprego e da taxa de inadimplência.
Em 2015, a economia brasileira já havia registrado encolhimento, de 3,8%. Já em 2014, houve um crescimento de 0,5% no Produto Interno Bruto (PIB).
Para tentar reaquecer a economia, o governo Michel Temer tem anunciado medidas como a liberação de saques das contas inativas do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). O Banco Central também vem reduzindo a taxa Selic, o que deve se traduzir em queda dos juros dos empréstimos bancários.
O resultado da "prévia do PIB" anunciado nesta quinta é pior do que esperado pelo mercado financeiro. Na pesquisa mais recente feita pelo BC, com as opiniões colhidas na semana passada, os analistas dos bancos previram um tombo de 3,5% para o PIB em 2016, na comparação com 2015.

Contração no fim do ano

Os dados do Banco Central também apontam que a economia brasileira terminou o ano de 2016 com queda. Foi registrada contração tanto em dezembro quanto no quarto trimestre do ano passado.
O IBC-Br mensal, após o ajuste sazonal (considerado mais apropriado para esta comparação), registrou recuo de 0,26% em dezembro.
Já no último trimestre de 2016, segundo indica a "prévia do PIB" do Banco Central, houve uma contração de 0,37%. Os números revisados indicam uma queda de 1,64% no primeiro trimestre do último ano, uma retração de 0,43% no segundo trimestre e uma alta de 0,38% no terceiro trimestre.

IBC-Br x PIB

Embora o cálculo seja um pouco diferente, o IBC-Br foi criado para tentar ser um "antecedente" do PIB. O índice do BC incorpora estimativas para a agropecuária, a indústria e o setor de serviços, além dos impostos.
Os resultados do IBC-Br, porém, nem sempre mostraram proximidade com os dados oficiais do PIB, divulgados pelo IBGE. O Banco Central já informou anteriormente que o IBC-Br não seria uma medida do PIB, mesmo que tenha sido criado para tentar antecipar o resultado, mas apenas "um indicador útil" para o BC e para o setor privado.
Recentemente, o BC atualizou a metodologia de cálculo, incorporando novos indicadores, com destaque para a utilização da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua) em substituição à Pesquisa Mensal de Emprego (PME), além de outras mudanças.

Definição dos juros

O IBC-Br é uma das ferramentas usadas pelo BC para definir a taxa básica de juros (Selic) do país. Com o menor crescimento da economia, por exemplo, teoricamente haveria menos pressão inflacionária. Atualmente, os juros básicos estão em 13% ao ano.
Pelo sistema que vigora no Brasil, o BC precisa ajustar os juros para atingir as metas preestabelecidas de inflação. Quanto maiores as taxas, menos pessoas e empresas ficam dispostas a consumir, o que tende a fazer com que os preços baixem ou fiquem estáveis.
Para 2017, a meta central de inflação é de 4,5%, com um intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos. Desse modo, o IPCA, considerado a inflação oficial do país e medida pelo IBGE, pode ficar entre 3% e 6%, sem que a meta seja formalmente descumprida.
Neste ano, o mercado financeiro acredita que a inflação oficial ficará abaixo da meta central de 4,5% - algo que não acontece desde 2009. O Banco Central tem dito que mira no centro da meta de inflação de 4,5% nos anos de 2017 e de 2018.

 

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2017

Mercado prevê inflação no centro da meta em 2017


Expectativa dos analistas de mercado para o IPCA deste ano recuou de 4,64% para 4,47% na semana passada; desde 2009 o índice não fica no centro da meta, que atualmente é de 4,5%.

 

Os economistas do mercado financeiro baixaram sua estimativa de inflação para este ano, com base no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), de 4,64% para 4,47% na semana passada.
As expectativas dos analistas do mercado financeiro foram coletadas pelo Banco Central na semana passada e divulgadas nesta segunda-feira (13) por meio do relatório de mercado, também conhecido como Focus. Mais de cem instituições financeiras foram ouvidas.
Com isso, o mercado financeiro passou a estimar que a inflação ficará abaixo da meta central de inflação deste ano, fixada em 4,5% pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), e que o objetivo central será atingido. A última vez que o mercado havia estimado que a meta central de inflação deste ano seria atingida foi em outubro de 2013, quando os economistas estimaram um IPCA de 4,50% para 2017.
A meta central de inflação não é atingida no Brasil desde 2009. Naquele momento, o país ainda sentia os efeitos da crise financeira internacional de forma mais intensa, que acabou se espalhando pelo mundo. A piora da crise financeira veio após o anúncio de concordata do banco norte-americano Lehman Brothers, em setembro de 2008.
Pelo sistema de metas de inflação vigente, a meta não pode ser considerada formalmente descumprida quando o IPCA fica dentro do intervalo de tolerância - que, para 2017, é de 1,5 ponto percentual. Neste caso, a inflação pode oscilar entre 3% e 6%. A inflação já havia ficado dentro do intervalo no ano passado - após ter sido descumprida em 2015 ao superar a barreira dos 10%.
A previsão de que a meta central será atingida neste ano está relacionada com o baixo nível de atividade. O Brasil passa por um período de forte recessão, embora indicadores comecem a apontar para uma melhora do nível de atividade nos últimos meses. Mesmo assim, o desemprego e a inadimplência permanecem altas.
Com a economia fraca, a inflação está bem comportada. Na semana passada, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que o IPCA ficou em 0,38% no primeiro mês de 2017 - o mais baixo para janeiro da série histórica, que teve início em dezembro de 1979. No mesmo mês de 2016, o IPCA havia atingido 1,27%.
Para 2018, a previsão do mercado financeiro para a inflação permaneceu estável em 4,50%. O índice está em linha com a meta de inflação do período (4,5%) e também abaixo do teto de 6% para o ano que vem.

Produto Interno Bruto

Para o Produto Interno Bruto (PIB) de 2017, o mercado financeiro baixou a previsão de um crescimento de 0,49% - expectativa da semana anterior - para uma alta menor: de 0,48%.
O governo estima uma alta de 1%, mas o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, já confirmou que deverá revisar este número para baixo.
O PIB é a soma de todos os bens e serviços feitos no país, independentemente da nacionalidade de quem os produz, e serve para medir o comportamento da economia brasileira.
Em 2015, houve uma contração de 3,8%, a maior em 25 anos. O resultado de 2016 ainda não foi divulgado pelo IBGE, mas a previsão do mercado é de um "tombo" próximo de 3,5%. Essa será a primeira vez que o país registra dois anos seguidos de retração no nível de atividade da economia – a série histórica oficial, do IBGE, tem início em 1948.
Para 2018, os economistas das instituições financeiras, porém, subiram de 2,25% para 2,30% sua estimativa de expansão do PIB.

Taxa de juros

O mercado financeiro manteve sua previsão para a taxa básica de juros da economia, a Selic, em 9,50% ao ano no fechamento de 2017. Atualmente, os juros estão em 13% ao ano.
Para o fechamento de 2018, a estimativa os economistas dos bancos para taxa Selic continuou 9% ao ano. Com isso, estimaram que o processo de corte dos juros terá continuidade no ano que vem.
A taxa básica de juros é o principal instrumento do BC para tentar conter pressões inflacionárias. A instituição tem de calibrar os juros para atingir índices pré-determinados pelo sistema de metas de inflação brasileiro.
As taxas mais altas tendem a reduzir o consumo e o crédito, o que pode contribuir para o controle dos preços. Quando julga que a inflação está compatível com as metas preestabelecidas, o BC pode baixar os juros.

Câmbio, balança e investimentos

Na edição desta semana do relatório Focus, a projeção do mercado financeiro para a taxa de câmbio no fim de 2017 recuou de R$ 3,40 para R$ 3,36. Para o fechamento de 2018, a previsão dos economistas para o dólar caiu de R$ 3,50 para R$ 3,49.
A projeção do relatório Focus para o resultado da balança comercial (resultado do total de exportações menos as importações) em 2017 subiu de US$ 46,5 bilhões para US$ 47,2 bilhões de resultado positivo. Para o próximo ano, a estimativa dos especialistas do mercado para o superávit recuou de US$ 40,5 bilhões para US$ 40,2 bilhões.
A projeção do relatório para a entrada de investimentos estrangeiros diretos no Brasil em 2017 permaneceu inalterada, em US$ 70 bilhões. Para 2018, a estimativa dos analistas ficou estável em US$ 71,9 bilhões.

 

sábado, 11 de fevereiro de 2017

Reajustes salariais abaixo da inflação têm maior patamar desde 2008, diz pesquisa


Em 2016, 47,6% das negociações resultaram em reajuste abaixo da inflação ante 26% em 2015. Com desaceleração da inflação, expectativa é de melhora discreta em 2017.

O ano de 2016 foi o pior dos últimos 9 anos para os reajustes salariais, segundo o Salariômeto, projeto da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), a partir de dados do Ministério do Trabalho. Em meio à recessão e ao aumento do desemprego, quase metade (47,6%) das mais de 19 mil negociações salariais das diversas categorias de trabalhadores resultaram em reajustes abaixo da inflação, o maior percentual anual já registrado pelo levantamento, que tem início em 2008.
Trata-se de uma reversão de uma tendência que vinha nos anos em que a economia brasileira ia bem e o país tinha pleno emprego. Até 2014, a grande maioria das categorias conseguia aumentos salariais acima da inflação. Em 2014, quando o pais ainda vivia uma situação de quase pleno emprego, apenas 4,3% das categorias fecharam aumentos abaixo da inflação, segundo a pesquisa da Fipe.
O percentual de reajustes salariais abaixo da inflação no mercado formal em 2016 foi quase o dobro do registrado em 2015, quando 26% das negociações resultaram em aumentos de salários abaixo da inflação medida pelo INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) – indicador usado como principal referência para aos reajustes salariais.
Menos de um terço (29,9%) das negociações fechadas no ano passado ficaram acima do INPC, ou seja, garantiram aumento real, e 22,5% ficaram iguais, repondo a inflação acumulada em 12 meses até a data-base de cada categoria. Veja gráfico abaixo
Segundo o diretor técnico do Dieese (Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos), Clemente Ganz Lúcio, o desempenho das negociações salariais retornou para patamares do começo dos anos 2000. Pela série do Dieese, que utiliza outra metodologia e ainda não fechou o balanço de 2016, o pior ano foi 2003, quando 58,4% das negociações salariais não tiveram reposição integral da inflação.

Perspectivas para 2017

Para o economista e coordenador do Salariômetro, Hélio Zylberstajn, ainda que a atual desaceleração da inflação e a esperada recuperação da atividade econômica possam dar algum alívio em 2017, as expectativas são de melhora apenas discreta nas negociações salariais.
"Vai ser uma recuperação muito lenta, então o poder de barganha dos trabalhadores vai continuar muito debilitado. Eu diria que o ano de 2017 não deve ser tão ruim como 2016 nas negociações coletivas, mas não vão ser uma maravilha uma vez que o mercado de trabalho ainda está muito fraco", afirma.
A taxa de desemprego alcançou 12% do 4º trimestre de 2016 – marca recorde na série histórica iniciada em 2012. No ano passado, o Brasil perdeu mais 1,32 milhão de empregos formais (em 2015, já tinham sido eliminados 1,54 milhão de empregos com carteira assinada).
Atualmente, são 12,3 milhões de brasileiros desempregados. Na visão dos analistas de mercado, a taxa de desemprego ainda deverá subir mais antes de começar a cair, se estabilizando apenas a partir do 3º trimestre do ano. 

"Apesar da expectativa de retomada da atividade, o mercado de trabalho continuará fraco, dado que reage de forma defasada. Ou seja, o cenário continua não propício para renegociações ao trabalhador, dada a elevada ociosidade do fator trabalho na economia", avalia o economista Luiz Fernando Castelli, da consultoria GO Associados.
Na visão dos analistas de mercado, a tendência é que grande parte dos reajustes salariais fique novamente abaixo ou, no máximo, igual a inflação acumulada em 12 meses.
“É difícil pensar numa rápida reversão dessa trajetória negativa diante de um mercado de trabalho ainda em deterioração", afirma Thiago Xavier, analista da consultoria Tendências. “A gente ainda vê uma grande ociosidade do mercado de trabalho, a taxa de desocupação está no maior nível já registrado, e isso diminui o poder de negociação dos trabalhadores”.

Negociações por categorias

No ano passado, até mesmo categorias com sindicatos fortes e com histórico de correção salarial acima da inflação não conseguiram repor a inflação. No caso dos bancários, após uma greve de 31 dias, eles aceitaram em outubro a proposta de reajuste de 8%. Em 12 meses até outubro, o INPC alcançou 8,5%.
Já a negociação dos petroleiros virou o ano sem acordo e foi finalizada somente em janeiro. A categoria aceitou um reajuste de 8,57%, retroativos a setembro de 2016. No acumulado em 12 meses até setembro, a inflação medida pelo INPC ficou em 9,15%.
Dos 51 ramos de atividade monitorados pelo Salariômetro, em apenas 13 a mediana dos reajustes salariais não ficou abaixo da inflação. Entre as poucas categorias em que a maioria das negociações resultaram em ganho real em 2016 estão os bancos e serviços financeiros, confecções e vestuário, e cemitérios e agências funerárias. Veja quadro abaixo

"As empresas não têm muita margem para oferecer, os trabalhadores sabem que eles também não têm muita alternativa, então é um momento muito crítico e dramático", avalia o diretor técnico do Dieese. "No atual cenário, com recessão e aumento do desemprego e fechamento de empresas, a pressão por assinar um acordo abaixo daquilo que normalmente se aceitaria aumenta muito".
O piso mediano negociado em 2016 nos acordos e convenções coletivas ficou em R$ 1.062, valor 21% maior que o salário mínimo vigente no ano passado, segundo a pesquisa. O maior piso salarial médio foi registrado no Paraná (R$ 1.179), seguido por São Paulo (R$ 1.170) e Santa Catarina (R$ 1.153). Os mais baixos foram apurados no Rio Grande do Norte (R$ 906) e Acre (R$ 920).
Segundo Lúcio, reposições de vagas via contratações pelo valor do piso são um dos principais mecanismos de redução de custo. "No mercado de trabalho brasileiro, o ajuste estrutural se dá pelo emprego e pela rotatividade, diferente de outras economias no qual as negociações são muito mais centralizadas e há também uma certa garantia de emprego. Então, a tendência é todo mundo ser contratado pelo piso da categoria", explica.

Redução de jornada e de salário

Ainda segundo o Salariômetro, em 2016 foram registrados 353 acordos de redução de jornada e de salário, dos quais 118 (33,4%) utilizaram o Programa de Proteção ao Emprego (PPE), criado pelo Governo Federal, para socorrer empresas e evitar demissões. Em 2015, foram 284 acordos com redução, sendo que 48 (16,9%) usaram PPE.
Nas empresas que aderem ao PPE, o trabalhador tem a jornada e o salário reduzidos em 30%. Entretanto, o governo paga um complemento, que corresponde à metade da perda salarial do empregado. Na prática, portanto, o trabalhador tem o salário reduzido em 15%.
Até mesmo o salário mínimo ficou sem ganho real pela primeira vez desde 2003. Em 1º de janeiro, o mínimo foi reajustado em 6,48%, e passou de R$ 880 para R$ 937. Considerando a variação de 6,58% do INPC em 2016, houve perda de 0,1% no ano. Caso o índice tivesse sido aplicado integralmente, o valor teria ficado em R$ 938, segundo o Dieese. Desde 2003, entretanto, o salário mínimo acumulou um ganho real de 77,01%, favorecido por uma política de valorização do piso nacional que garante, além do repasse da inflação, aumento real pela variação do PIB.

Renda e massa salarial em queda

Segundo o Dieese, na média anual de 2016, o rendimento médio do trabalhador com carteira assinada do setor privado caiu 2,3%, de de R$ 2.076 para R$ 2.029. Já a massa de rendimentos teve queda de 3,5%, de R$ 185,3 bilhões para R$ 178,8 bilhões. Ou seja, caiu também o montante potencial de consumo das famílias.
Para a consultoria Tendências, a renda média deve ficar praticamente estável em 2017, mas a massa salarial deve registrar mais um ano de queda, em razão da elevada taxa de desocupação.
"Na nossa avaliação, a taxa média de desemprego para 2017 será na casa de 13%", diz Xavier, lembrando que muitas das pessoas que hoje estão no desalento (inativas e sem procurar emprego, portanto fora da conta dos desempregados) pode ser estimulada a voltar a procurar trabalho, o que tende a manter a taxa de desocupação em patamar elevado mesmo em cenário de volta de criação de vagas de trabalho.
"Muito mais grave do que o arrocho salarial é o desemprego. E a dimensão do desemprego é o que puxa a restrição para a reposição salarial", afirma o diretor técnico do Dieese.

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2017

82% dos jovens contribuem para o 'sustento da casa', diz SPC Brasil


O percentual dos que não ajudam chega a 8% dos entrevistados entre 18 e 30 anos. Metade dos jovens (51%) ainda mora com os pais, segundo a pesquisa.

 

Oito em cada 10 jovens brasileiros contribuem financeiramente para o sustento da casa (82%), segundo pesquisa do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) com jovens entre 18 e 30 anos.
De acordo com o levantamento, 29% arcam apenas com uma parte - sem ser os principais responsáveis - e 27% responderam que não são os principais responsáveis pelas despesas. Já os que não ajudam somam 18%, sendo que 11% afirmam que não possuem qualquer responsabilidade sobre as despesas e que têm as contas pagas pelos pais por falta de renda.
A pesquisa ainda aponta que 51% dos jovens moram com os pais, 38% com companheiro ou cônjuge e 4% vivem sozinhos. Do total de jovens entrevistados, 46% estão solteiros, 26% são casados, 23% namoram e 10% "moram junto".

Fonte de renda

Quanto ao tipo de trabalho dos jovens, 44% têm o trabalho com carteira assinada como fonte de renda. Cerca de 25% dos jovens disseram trabalhar informalmente, fazer bicos ou atuar como freelancers para se manter e 10% fazem estágio. Aqueles que recebem ajuda financeira dos pais somam 10% e os que não possuem renda são 8%.

 

← Postagens mais recentes Postagens mais antigas → Página inicial