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terça-feira, 21 de março de 2017

Petrobras fecha 2016 com prejuízo de R$ 14,8 bilhões


Foi o 3º ano consecutivo de resultados negativos. No 4º trimestre do ano passado, porém, empresa teve lucro de R$ 2,5 bilhões.


A Petrobras teve prejuízo líquido de R$ 14,824 bilhões em 2016, informou a estatal nesta terça-feira (21). Foi 3º ano consecutivo de resultados negativos. Em 2015, a estatal registrou prejuízo recorde de R$ 34,8 bilhões. Em 2014, as perdas somaram R$ 21,6 bilhões.
Em comunicado, a Petrobras atribuiu o novo prejuízo "em função, principalmente, do impairment" (reavaliação de ativos da companhia e de investimentos), no valor total de R$ 20,89 bilhões. Na prática, a estatal reconheceu que seus ativos valem menos e lançou isso nos seu balanços financeiros. Somente no 3º trimestre, a empresa lançou perdas de R$ 15,7 bilhões

O destaque positivo ficou por conta da redução do endividamento. No final de 2016, a dívida líquida da Petrobras somou R$ 314,12 bilhões, o que representa uma queda de 20% ante os R$ 392 bilhões no final de 2015. Em dólares, o endividamento líquido recuou 4%, passando de US$ 100,4 bilhões para US$ 96,38 bilhões.
"A empresa ainda tem uma dívida importante e nosso trabalho precisa continuar para reduzirmos a nossa dívida a patamares razoáveis", disse Pedro Parente, presidente da empresa, em coletiva de imprensa após a divulgação do balanço. "Ainda é a maior dívida relevante de todas as companhias de óleo e gas do mundo. Se você pegar todos os estados da federação, excluindo São Paulo, a nossa dívida é maior. Nós não podemos descuidar dessa nossa dívida." 

Com mais um resultado negativo, esse deve ser também o terceiro ano seguido em que a Petrobras não paga dividendos aos seus acionistas. “Com relação ao fato de que não vamos pagar dividendos, embora seja o desejo da empresa de faze-lo o mais rápido possível, não tivemos resultado positivo para tanto", disse Parente.
“Acho que a trajetória de fluxo de caixa positivo e constante permanece. Com relação ao resultado, a gente tem que esperar o decorrer do ano. A gente não faz previsão de resultado", complementou Ivan Monteiro, direotr financeiro da empresa. 

Lucro no 4º trimestre

No 4º trimestre do ano passado, empresa teve lucro de R$ 2,5 bilhões, após ter registrado prejuízo de R$ 16,4 bilhões no 3º trimestre, revertendo também as perdas R$ 36,9 bilhões do 4º trimestre de 2015. No 2º trimestre, teve lucro líquido de R$ 370 milhões e, no 1º trimestre, prejuízo de R$ 1,2 bilhão.
O resultado dos 3 últimos meses do ano passado, no entanto, veio abaixo do esperado pelo mercado. A previsão média de analistas consultados pela Reuters era de lucro de R$ 3,7 bilhões.
A empresa disse que o lucro no último trimestre foi puxado, entre outros fatores, pelo aumento de 12% das exportações, além da redução nas despesas financeiras, gerais e administrativas. Houve ainda ganhos de R$ 2,9 bilhões com a venda da participação da Petrobras no bloco exploratório BM-S-8 (Carcará).
"Com a maior geração operacional e a redução de investimentos em 32%, a empresa alcançou um fluxo de caixa livre de R$ 41,57 bilhões", informou a Petrobras, acrescentando que o 4º trimestre foi o sétimo trimestre consecutivo de fluxo de caixa livre positivo.

Receita e investimentos recuam

Em 2016, a receita líquida somou R$ 282,58 bilhões, o que corresponde a uma queda de 12% na comparação com 2015. A maior queda em volume total de vendas foi de óleo combustível, com recuo de 36%. As vendas da gasolina tiveram redução de 1% e de diesel, de 15%.
Os investimentos totais também caíram. Entre 2015 e 2016, foram de R$ 76 bilhões para R$ 55 bilhões, um recuo de 27%.
A estatal informou que houve uma redução de 12% do número de empregados da companhia na comparação com 2015, após um Plano de Incentivo ao Desligamento Voluntário. A Petrobras fechou 2016 com 68.829 funcionários. Parente afirmou nesta terça que a empresa não tem planos de novas reduções do quadro. "É claro que esperamos voltar a um cenário normal, e voltar a contratar", comentou Parente.
O EBITDA, referência utilizada pelo mercado financeiro como uma aproximação da geração de caixa, foi de R$ 24,8 bilhões no 4º trimestre e de R$ 88,7 bilhões em 2016, 16% superior ao ano anterior.

Produção

A produção média de petróleo da Petrobras no Brasil atingiu em 2016 recorde histórico anual, alcançando 2.144.256 barris por dia (bpd), um aumento de 0,75% ante o ano anterior.
A diretora da Exploração e Produção, Solange Guedes, afirmou que, para 2017, a previsão é de aumento da produção com três sistemas definitivos que começarão a operar: Lula Sul, Tartaruga Verde e Mestiça e Lula Norte. “Nós da companhia estamos muito orgulhos e felizes, principalmente pela Lula Sul, a primeira que iremos operar na camada pré-sal no Campo de Lula”, disse. 

Crise e plano de venda de ativos

Em meio à crise detonada pela Lava Jato e pela queda dos preços internacionais do petróleo, o endividamento líquido da Petrobras passou de um patamar de R$ 100 bilhões no final de 2011 para R$ 392 bilhões no final de 2015.
Para melhorar suas finanças, a estatal anunciou em setembro um corte de 25% nos investimentos previstos para os próximos 5 anos, além de um plano de venda de ativos.
O diretor financeiro da companhia, Ivan Monteiro, destacou nesta terça-feira que o programa de parcerias e desinvestimentos atingiu 90% da meta da empresa, e o valor total de transações já assinadas somou US$ 13,6 bilhões.
O plano de negócios da Petrobras prevê arrecadar mais US$ 21 bilhões com a venda de ativos (os chamados desinvestimentos) e parcerias entre 2017 e 2018.
No dia 15, o Tribunal de Contas da União (TCU) liberou a Petrobras a retomar a venda de ativos. Entretanto, o TCU determinou que a estatal reinicie todos os processos de venda para que eles sigam um novo conjunto de regras, de forma a garantir mais transparência e maior concorrência. 

Petróleo em baixa e política de preços

Ao ser questionado sobre a expectativa de aumento no preço do barril do petróleo, Parente enfatizou que o plano estratégico da companhia considera vários cenários. “O que nós podemos dizer é que nosso plano está dentro daquilo que prevíamos e não trabalha com um cenário determinístico, mas inclusive com um cenário de estresse", disse.
Ao ser questionado sobre a política de preços da Petrobras, Parente ressaltou que não haverá revisão. A empresa adotou uma política de revisão de preços pelos menos uma vez a cada 30 dias. 

Parente enfatizou que a companhia considera, dentre diversas variáveis para estabelecer seus preços, o valor do petróleo no mercado mundial, a taxa de câmbio e, principalmente, a participação no mercado. “Se nós temos uma situação onde os mercados apontam redução de preços e nós insistimos em manter preços elevados nós podemos perder marketing share [participação no mercado] e isso não nos interessa”. 





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